segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Somos independentes?


Dia 07 de setembro o povo brasileiro comemora a Independência do Brasil, que foi proclamada em 1822. Mas somos mesmo um país independente? Essa reflexão deve ser feita todos os dias na nossa vida, afinal essa é a nossa nação.
Vamos entender o processo de independência do Brasil.
A Independência do Brasil foi um ato exclusivo das elites brasileiras, que não queriam perder a liberdade de comércio externo, que foi adquirido com a vinda da família real. Afinal, se D. Pedro voltasse para Portugal, o Brasil voltaria a fazer comércio exclusivamente com os portugueses, o que prejudicaria as elites.
Para o povo brasileiro nada mudou, pois a estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão não acabou e a distribuição de renda continuou desigual.
E hoje em dia ainda vivemos esses interesses dos poderosos do nosso país. As variações políticas e econômicas que vivemos hoje no país, geralmente estão ligadas a interesses de alguns grupos. A população é usada para eleger e colocar os candidatos que vão ajudar a manter essas elites no poder e continuar a usar o povo.
Continuamos dependentes financeiramente dos Estados Unidos, através de tantas empresas estadunidenses que se instalaram em nosso país, do FMI (Fundo Monetário Internacional), da política imperialista imposta pelos EUA.
Devemos mostrar nossa insatisfação quanto a essas políticas neoliberais que estão no nosso país há tantos anos. Vivemos abrindo o nosso mercado para a entrada de empresas estrangeiras que só querem se privilegiar da nossa mão de obra barata, nossas matérias - primas baratas, nosso solo fértil, nossos isenções de impostos, entre tantos outros motivos favoráveis a essas empresas intrusas.
O que vemos no nosso país hoje é uma grande parcela da população vivendo em condições miseráveis, a reforma agrária que foi prometida não ocorreu, exploração dos trabalhadores, salários baixos, desvalorização do Estado, latifúndios produtores de soja (exportada para os bois europeus), desmatamento das nossas formações vegetais (cerrado, floresta de araucária, floresta amazônica, mata atlântica, mangues, etc.).
Ainda devemos acreditar que somos Independentes?

quarta-feira, 8 de abril de 2009

SOBRE CALOTE DO GOVERNO AOS PROFESSORES (AS) ACTs

Gente, olha só o absurdo que o Governador Luiz Henrique da Silveira (SC) andou fazendo. Recebi esse email do SINTE e nem acredito que isso possa está ocorrendo. O que esse cara quer???
Acabar de vez com a educação pública? Só pode. Depois vem dizer na qualidade de ensino e qualificação dos dos professores.
Que cara escroto!!!
Ñão tenho nem palavras pra dizer a raiva que eu estou.
E vamos refletir!!!
Abraços,

SOBRE CALOTE DO GOVERNO AOS PROFESSORES (AS) ACTs

O Governo do estado baixou medida que impede a contratação de professores ACTs após o fechamento da folha de pagamento, em função das multas que o INSS cobra do Estado devido ao atraso no pagamento destes trabalhadores.
Inclusive mandou dispensar os ACTs contratados recentemente, os quais voltarão a ser contratados só no início do mês. E para completar o quadro de horrores tem divulgado que não pagará o professor (a) pelos dias trabalhados tendo como alternativa a compensação em folgas.
Além do profundo desrespeito aos professores (as), tem provocado conseqüências desastrosas nas escolas. Segue abaixo orientações jurídicas para o caso.
Como pressão política, está marcado para o dia 24 de abril a Paralisação Nacional do Magistério. Além da questão do Piso Salarial, em Santa Catarina, será incluído na pauta o pagamento aos ACTs e a obrigatoriedade do cumprimento da hora-atividade. Por isso deveremos fortalecer mais esta atividade.

domingo, 5 de abril de 2009

O golpe sofrido pelas Escolas Itinerantes no RS.


Em defesa das Escolas Itinerantes Destaque
Manifesto 13/03/2009 -


A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crucius, e parte direitista do Ministério Público do estado estão golpeando as Escolas Itinerantes do MST no Rio Grande do Sul, decretando o banimento dessas instituições educativas. O ato de proscrever essa inspiradora iniciativa educativa do MST é parte do processo de criminalização e de expulsão do MST do estado, conforme vem sendo denunciado pelas entidades democráticas de dezenas de países.


Para proteger os latifúndios e as corporações, em especial as de celulose, Yeda e seus aliados querem cortar o que julgam ser o "mal pela raiz": a educação das crianças, dos jovens e dos adultos que estão acampadas há anos, pois nada é feito em prol da reforma agrária. A governadora quer silenciá-los.


Os camponeses foram expropriados de suas terras pelo poder do grande capital e nenhuma alternativa econômica lhes foi possibilitada. É por isso que as bandeiras do MST tremulam à beira das rodovias que ladeiam os latifúndios destrutivos. Dignamente os camponeses resistem lutando pela democracia que, para ser verdadeira, não pode prescindir dos meios econômicos que assegurem condições de vida humana. E as Escolas Itinerantes são parte desse processo civilizatório.


As Escolas Itinerantes do MST são espaços de conhecimento, criação, socialização com base em valores ético-políticos libertários e democráticos. São espaços públicos de formação humana, de crítica e de renovação do pensamento pedagógico brasileiro e latino-americano. Estudiosos de diversos países as investigam e as difundem por meio de teses, artigos, experiências de educação popular, propagando ideais pedagógicos originalmente sistematizados e difundidos por Paulo Freire. As Escolas Itinerantes são lugares que estão propiciando reflexões que permitem construir um melhor futuro para a educação pública, gratuita, laica e autônoma frente aos interesses particularistas e mesquinhos como os professados pelo atual governo estadual.


Exigimos a imediata reabertura das Escolas Itinerantes acompanhadas pelo MST, bem como a garantia de que o poder público assegurará a infra-estrutura necessária ao pleno funcionamento das mesmas. Os signatários do presente Manifesto estarão acompanhando as ações do governo estadual nos sindicatos, nas escolas, nas universidades, nas lutas sociais, promovendo denúncias e atos políticos até que as escolas voltem às crianças, aos jovens e aos professores que nelas atuam.


Assinam:

Carlos Walter Porto-Gonçalves – UFF

Eduardo Galeano – Escritor (Uruguai)

Emir Sader – UERJ, Secretario Executivo do CLACSO

Gaudêncio Frigotto – UERJ

Ivana Jinkings –Editora BoitempoMarcelo Badaró -

UFFRoberto Leher – UFRJ

Virgínia Fontes - UFF e Fiocruz

Mais uma atitude absurda que esses governantes do nosso país realizam. Quando algo vai de encontro com o interesse deles, eles usam suas armas malditas.

O Rio Grande do Sul está sendo destruído por esse deserto verde.

Vamos lutar sempre em busca de um país justo.

Abraços,

Paloma.